Desde que a Rússia declarou uma guerra em grande escala à Ucrânia, em fevereiro de 2022, não há uma semana sem notícias sobre espiões, agentes ou informantes russos desmascarados em algum lugar do mundo.
Nos últimos anos, os países europeus expulsaram quase 500 espiões russos. O mapa acima expõe alguns dos casos mais emblemáticos de espiões que focam pegos – e não apenas na Europa (onde a maioria deles acontecem), mas no mundo (e no Brasil).
Todas as grandes potências mundiais sustentam programas de espionagem. Mas nenhum país abriga um quadro tão vasto de espiões – em operações tão explícitas de espionagem – quanto a Rússia.
Só nos primeiros três meses da guerra na Ucrânia, mais de 450 diplomatas foram expulsos das embaixadas russas, a maioria deles da Europa, acusados de envolvimento com operações de inteligência militar.
No ano passado, uma investigação realizada por nove veículos de imprensa, revelou a existência de pelo menos 182 antenas parabólicas instaladas nos telhados das embaixadas russas por toda a Europa, ligadas a uma enorme rede de espionagem e coleta de informações.
Através da análise de imagens de satélite, fotos e informações colhidas por drones, os jornalistas examinaram edifícios de diplomatas russos em 39 países da Europa.
As embaixadas russas interceptam tudo: atividade de ondas de rádio, dados de dispositivos móveis e até ouvem chamadas feitas pelo celular.
A Rússia vem utilizando diferentes ferramentas na sua guerra híbrida na Europa, com o objetivo não apenas de roubar segredos de Estado, como manipular e desestabilizar países adversários.
Há uma rede coordenada de espiões, hackers e influenciadores russos em parlamentos e partidos europeus, nos veículos de imprensa, na internet e na vida cotidiana, ajudando a moldar e amplificar as narrativas que interessam ao Kremlin.
Este mapa é uma pequena amostra do tamanho desse problema.
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